31.5.10

Visitas e mais visitas

A Beatriz é muito popular. Essa semana foi bastante demandada. Os dois avós maternos, dois tios-avós maternos, amigos de Brasília e amigos de São Paulo. Todos vieram paparicar a pessoinha mais linda da face da terra. É muito bom ver e sentir como a Beatriz é querida.
Mensagens de parabéns, flores, presentes, charutos, biritas. Até o amiguinho Thomas, cinco meses mais velho, veio vê-la de São Paulo. Amanhã ela completa uma semana e vai ter a primeira sessão com o pediatra. Vamos saber o quanto ela já engordou e encontrar a bendita fórmula secreta para tornar os arrotos depois das mamadas mais simples.
E eu preciso também aprender a ser mais cuidadoso para cortar a unhinha dela. Eu dei uma barbeiradinha no dedão esquerdo... Fora isso, acordar com ela e fazê-la dormir no meu ombro como um saquinho de batatas, como dizem os médicos, é sensação mais incrível do mundo. Acordo com prazer e mais tranquilo na madruga para embalar o sono desse jeito gostoso.

30.5.10

Aconchegante

A Beatriz acorda para seu quinto dia de vida.




- Posted using BlogPress from my iPhone

28.5.10

Sonhar

Quero sonhar esse sonho que a Beatriz parece se esbaldar. Da-lhe sorriso gostoso:




- Posted using BlogPress from my iPhone

Pra ficar fortinha

E hoje a Beatriz foi vacinada. Tomou a BCG e a contra hepatite B. Chorou um montão, tadinha:
















- Posted using BlogPress from my iPhone

27.5.10

Finally home

Saímos do hospital como planejado hoje pela manhã, já estamos em casa. A Beatriz mamou duas vezes e agora dorme.

Beatriz descansa em seu bercinho.






E esta com a mamãe Cau




- Posted using BlogPress from my iPhone

As 48 horas

A Beatriz dormiu bem, acordou de uma em uma hora e já está liberada para ir para casa. Nesses três dias, ela perdeu só 125 g, o que é ótimo e normal levando-se em conta que no período é aceitável uma diminuição de até 10 pct do peso. Ela nasceu com 3515g e sai da maternidade com 3390g.

Beatriz examinada pelo médico:


































26.5.10

Registrada

Hoje o Brasil reconheceu oficialmente a minha filhinha. Em seu primeiro dia de vida ela já tem uma certidao de nascimento. Ah e ela tem sangue O-, uma raridade.




- Posted using BlogPress from my iPhone

O meu primeiro dia de vida.

Tomando mamá:




Quase acordando:




E à noite, em gala.




- Posted using BlogPress from my iPhone

25.5.10

Sou tranquila

Conheço a Beatriz há oito horas e, tirando o escândalo que fez ao tomar banho no tommy tub, ela é bem quietinha. Durante a tarde, ela dormiu, mamou bastante e não reclamou de nada. Acho que vou me dar muito bem com essa mocinha.




- Posted using BlogPress from my iPhone

Ela nasceu!

A Beatriz é a pessoa mais linda do mundo. Essas são as primeiras fotos dela que nasceu com 50 cm e 3515kg






















Posted using BlogPress from my iPhone

24.5.10

Canela da Índia

A medicina é uma ciência, certo? Todo o resto que envolve, digamos, paramedicina, é crendice, então? Nesse caso, paramedicina entra não no significado americano de atendimento emergencial, mas no sentido de elementos que envolvem manutenção/prevenção/tratamento de saúde além do tradicional ocidental.
É difícil aceitar um negando o outro ou vice-versa. Muito se sabe dos biopiratas europeus e americanos que invadem a selva amazônica em busca de raízes, ervas e plantinhas usadas pelos índios para conseguir elaborar um anestésico mais potente do que a morfina, um remédio mais eficaz contra inflamações. Do mesmo jeito, existem pessoas que recorrem à homeopatia para tratar uma enfermidade não atacada pela alopatia. Ou se submetem à sessões de acupuntura para parar de fumar ou melhorar dores na coluna.
Para mim e para a Cau, a questão que se coloca é qual o efeito de chás de canela, comida picante, óleos, massagens, acupuntura para tornar o parto mais simples e menos árduo para a mãe? Dos dois lados as respostas podem ser contraditórias. Se não forem simplesmente descartadas como crendices do tempo do arco da velha, que a avó usava no tempo das parteiras na Europa ocidental. Será?
Prefiro acreditar apenas que o tradicionalismo ocidental deve prestar atenção em alguns movimentos dos orientais que tem uma cultura bem menos intrusiva do que a nossa. E do mesmo jeito reconhecer que terapias heterodoxas não tem capacidade de atacar problemas reais e sérios. Então, a minha resposta é uma mescla de ambos. Algo como um sincretismo terapêutico bem ao estilo brasileiro. Se comprovadamente não pode fazer mal, estou dentro. Não custa nada. Por isso até a Beatriz nascer, não acho nada ruim as acupunturas, os chazinhos de canela, nem comida indiana.

23.5.10

Atenção

Todos estão atentos à Beatriz. Recebemos hoje diversas ligações. Quando a Cau não conseguia atender, meu telefone tocava em seguida.


- Posted using BlogPress from my iPhone

22.5.10

Gêmeos

Até ontem havia a possibilidade de a Beatriz ser do signo de touro, mas a partir de hoje ela nascerá oficialmente como gêmeos. Não que eu ligue muito para essas coisas. Mas esse é o signo da minha mãe, então é duplamente satisfatório e especial para mim. Aliás, hoje é aniversário da minha mãe. Um beijo para ela.

21.5.10

Licença oficial

Hoje foi o último dia da Cau antes da licença maternidade. Ela acabou de me ligar demonstrando um misto de entusiasmo com aflição, afinal, esse será o seu maior final de semana do mundo. Serão cinco meses de intermináveis sábados e domingos.
É claro que muita gente vai dizer que cuidar dos filhos não tem nada de feriado, é um trabalhão imenso. Tudo bem, concordo, mas tem um fator recompensante. Um sorrisinho dela, uma pegada na mão. Só isso vai deixar muito menos laborioso e muito mais prazeroso esse tempo que ela ficará em casa.

Sobre "ansiosidade"

Nos últimos dias, ouço de todos que preciso ficar mais relaxado, mais tranquilo, menos ansioso, reduzir minha expectativa. Mas, olha aqui, a Cau está grávida de 39 semanas, tenho acompanhado todos os instantes da gravidez, já há um prazo estabelecido pela médica de 2 de junho (como escrito abaixo). Portanto, estou a alguns dias de me tornar... PAI, algo que, confesso, ainda não "caiu a ficha". Então, estou me dando todo o direito do mundo de ficar ansioso.
Essa aflição que atinge a todos quando confrontado com algo iminente sempre foi exacerbado em mim. Sou contido e não transpareço muitas coisas, mas, tenha certeza, estou me roendo de ansiedade. Nos meus idos adolescentes, quando eu vivia sofrendo com aflição, eu falava para todos os cantos que morria de ansiosidade. Todos meus amigos me corrigiam, mas demorei para aprender. Por um bom tempo ficou a tal ansiosidade. Essa palavra para mim tem lá seu charme, um charme torto, mas tem lá seu charme.
É especial porque ela me confronta com o que era há 10, 12 anos com o que sou agora. Lá atrás, eu ouvia Circle Jerks e achava demais o "Live Fast, Die Young", quando andava de carro, nem me importava com a próxima curva, quando enchia a cara, tentava arrumar briga por aí. Era uma época em que não fazia a menor ideia de quando e se teria filhos.
Hoje, muito pelo contrário, quero viver muito, ver minha filhinha crescer, ficar lindona e estar pronta para o mundo. Quero ficar tranquilo com a Cau até os últimos velhos dias das nossas vidas assistindo de camarote todo o desenvolvimento da Beatriz. Então, estou me dando todo o direito de ficar ansioso e sofrer de "ansiosidade", curtindo todo esse sofrimento enquanto não cai a ficha de que em breve serei pai!

PS: Pela primeira vez vou escrever um post script para corroborar a minha tese. Em inglês, pode-se usar o termo "I'm expecting" para a mãe se referir a estar grávida. O termo significa muito mais "esperar" do que "expectatitva", é um falso cognato. To Expect tem como sinônimo, no entanto, look forward, o que pode ser traduzido como uma espera cheia de expectativa, cheia de ansiedade. Voilà. A gravidez é uma expectativa do seu marco zero até o nascimento. Então, reforço, estou me dando todo o direito de ficar ansioso e sofrer de "ansiosidade"

20.5.10

Independente e confortável

Estivemos em mais uma visita à médica para fazer o acompanhamento da gestação. Segundo os cálculos, são 38 semanas e seis dias. Amanhã serão 39 semanas. O coraçãozinho pulsou forte e forte, pareceu até que bateu mais forte quando eu me aproximei --pode ter sido apenas o aumento natural do volume com a minha orelha mais perto do amplificador de som. O que vale é a sensação e a sensação é de ter batido mais forte. E ponto.
A Beatriz está ótima, mas parece estar deveras confortável na sua casinha. Não encaixou na bacia da mamãe dela. A previsão da doutora é que ela fique na posição correta somente quando entrar em trabalho de parto.
Há apenas uma contrariedade sobre se devemos esperar ou não. A médica entende que é melhor não e estabeleceu como deadline a quarta-feira, dia 2 de junho. Eu tenho certeza que a minha filhinha vai dar as caras no mundo antes.

19.5.10

Vontade de ir ao banheiro?

Para quem já é mãe esta é uma informação pouco informativa e talvez até um pouco saudosita, com o perdão da ironia. Vocês vão entender logo abaixo.
Sem personalizar esse post (como será isso possível?), as grávidas vão bastante ao banheiro porque os crescimentos do bebê e do útero pressionam a bexiga (algo bastante óbvio). Mas há um motivo químico, o aumento de progesterona no organismo da mamãe também estimula. A Cau, por exemplo, adora tomar chazinho durante a noite. Ultimamente, ela toma dois seguidos. Adora camomila, mas como está em falta no nosso armazém, ela se contenta com erva-doce mesmo. O resultado é que ela vai ao banheiro a cada 30 segundos.

18.5.10

Decepção

Estava numa enorme expectativa em relação ao ultrassom de hoje. Tinha certeza de que ele traria uma data ou um cronograma mais preciso sobre o nascimento da Beatriz. Longe disso. Ficamos ainda mais confusos e com uma nebulosa em cima das nossas cabeça. Aparentemente quanto mais perto do parto maior é a
margem de erro. Então, é o seguinte, a minha filhinha vai nascer quando ela quiser e a ansiedade vou deixá-la de lado.





As medidas da Beatriz:

Tamanho: 49 cm
Peso: 3,630 kg
Coração: 130 bpm



17.5.10

Devaneios, digressões, sonhos...

Sonhar é bom demais, mesmo com os percalços que o sonho pode trazer (como os relatados em recente viagem ao Piauí). Neste final de semana, a Cau sonhou que a Beatriz já tinha nascido e ficamos o dia inteiro recebendo visita. Sensacional.
Eu tive um sonho um pouco mais diferente. Dificilmente tenho devaneios elaborados, fantasiosos, tenho uma mente pragmática (que saco): se estou com vontade de comer chocolate, sonho que estou comendo chocolate. Nada de visitas a fábricas sensacionais, nada de mergulhos em caldas de chocolate, nada de correr atrás de coelhinhos de chocolate, nada de viver numa vila suíça feita de chocolate. Se estou com o nariz entupido, sonho que estou debaixo d'água sem conseguir respirar e ponto.
Deus não me deu a bênção de uma mente fértil quando inativa. O sonho mais esquisito que tive foi uma imitação de "O Fugitivo" aquela série que se transformou em filme com o Harrison Ford. Mas nada elaborado, eu só fujo, fujo, e mergulho num vale doideira. Algo que teria um potencial enorme, torna-se um simples borão cinza.
Mas na última noite fui acometido por um devaneio deveras intrigante. Estávamos eu e a Cau num ônibus dirigido por uma mulher conhecida da gente --recém-saída da sala de parto (não é uma pessoa próxima, nem amiga).
Indo para determinado destino, não sei bem qual, começa a chover meteoritos. Eis que a motorista do ônibus (essa pessoa que conheço) faz uma manobra arriscada de 180 graus para fugir da chuva de pedras. Vejo-me, então, numa cena de "Speed", aquele filme com a Sandra Bullock e o Keanu Reeves, e penso: "Puta, que saco, não queria estar num filme de ação. É melhor deixar essas coisas para o Bruce Willis".
Passamos por apuros para fugir das pedras até chegar numa típica casa do subúrbio dos Estados Unidos, onde morava outro alguém conhecido da gente (não me lembro quem era). Mais calmos descobrimos que a chuva de meteoritos foi concentrada numa área de 10m² no centro dessa cidade fictícia. Indignado, eu me dou conta que as manobras arriscadas da motorista e do filme de ação que vivemos não passaram de uma reação exagerada e desnecessária. Resultado: eu acordo.
Como já disse, não sou uma pessoa que tenho sonhos fantasiosos, esse me chamou a atenção por ser algo totalmente fora do normal. Só não entendi "muito bem" qual a relação com as minhas recentes reações diante da chegada do dia D...

15.5.10

Alice não, Beatriz

Mamãe Cau e Beatriz vão ao cinema 3D assistir Alice no País das Maravilhas.






- Posted using BlogPress from my iPhone

Uma comemoração

Quero comemorar o fato de o blog ter ultrapassado o milésimo page view. São 1.341 pg views concedidos por 452 visitantes diferentes que vieram dos Estados Unidos, Angola, Hong Kong, Russia, Canadá, além, obviamente, do Brasil.
Esse blog nasceu de uma vontade de expressar diariamente o que sinto com a minha mulher grávida e minha filha vindoura. Como pode-se constatar nas mensagens anteriores são emoções diversas temperadas com ansiedade, exasperação, felicidade, alegria e ternura. Jamais imaginei que ele teria tanta interação a ponto de superar o milésimo page view. É uma honra.

14.5.10

Foi uma bicuda da minha filhinha.

A médica disse que as mexidas da Beatriz são sinais de boa saúde e bebê saudável. Ontem, ela foi audaciosa. Os chutinhos, mexidinhas e soquinhos estavam tão intensos que em determinado momento a Cau colocou o controle remoto da televisão na barriga. Segundos depois, o instrumento de 57 gramas pulou uns 1,8 cm. Eu achei que a Cau havia soluçado. Que nada. Foi uma bicuda da minha filhinha.

The Cramps

Os sinais de que a Beatriz está chegando estão se amontoando. As falsas contrações dão lugar a incômodos mais frequentes. Hoje a Cau acordou com uma baita cãibra. À noite, ela foi dormir bastante indisposta (é o segundo dia que ela fica meio esquisita antes de dormir). Quando cheguei ontem, ela estava com cólicas.
Eu fico apreensivo porque ela nunca reclama de nada, aliás, a Cau NUNCA reclama de nada, só quando a sensação está realmente desconfortável e incomodando.
Até agora, esses momentos não passam de sustos normais até agora. A minha reação rotineira durante esses solavancos é pegar o cronômetro para saber se eles chegam em ondas periódicas a cada 10, 8, 7 ou 5 minutos, como ensinou a doula.
O engraçado é que sempre eu acho que estamos ignorando fluxos intensos e apreensivos. Sei que é apenas ansiedade porque, como todo mundo diz, quando as ondas de contração do nascimento chegam, elas são impossíveis de não reparar e diferenciar de todas essas marolinhas.

13.5.10

Bastidores

Todo ensaio fotográfico tem a parte pouco glamorosa, e esse abaixo não foi diferente. É claro que a beleza da mãe ajuda nas fotos, mas não é disso que eu estou falando. Dizem que para fazer um trabalho bacana, bonito, é preciso meter o pé na jaca. No meu, caso na água mesmo. Só para deixar os não-brasilienses mais familiarizados com o cenário das fotografias, o Pontão é um lugar no Lago Sul, área nobre da capital federal, na beira do Lago Paranoá, cercado de área verde típica do cerrado (apesar de os coqueiros margeando as águas) com barzinhos e restaurantes para tomar um trago e degustar uma comidinha.
Para fazer uma das imagens, escolhemos um pequeno pier que mostrava bem a Ponte JK, um dos cartões postais da cidade. Uma cena bacana, produzida, mas o pai mané aqui sentou acomodou-se na beirada e meteu o pé na água. O pior é que, sei lá porque cargas d'água (entenderam o trocadilho?), o tênis demorou para encharcar. Como estava escuro só notei que a vaca tinha ido pro brejo/pântano quando já era tarde demais.
Ao me levantar quase molhei a Cau e para quase não molhá-la, quase cai no lago. O pessoal que estava ao lado assistindo nossa sessão fotográfica endureceu de tanto rir. Constrangido, confesso ter ficado um pouco irritado com a falta de compaixão alheia. Ainda bem que Brasília, seca do jeito que é, deixou meu tênis, meia e pé enxutos em pouco tempo.
A lição que eu tirei desse dia é que não importa o perrengue que tenha que passar na vida, vale tudo para deixar minha filhinha e minha mulher bem na foto.

Paisagem: Brasília

Seguem abaixo algumas das fotos bacanas tiradas pelo fotógrafo Sérgio Lima.












12.5.10

Inevitável

Eu já disse que meu olho está orientado para fisgar apenas grávidas nas multidões, mas não é verdade. Parece também que as crianças de colo e bebezinhos se multiplicaram exponencialmente. Parece até que só há crianças circulando sentadinhas ou deitadinhas nos carrinhos empurrados por suas mães, babás, avós e afins. Hoje, literalmente, vi um trânsito de carrinho perto da quadra onde moro na Asa Sul, em Brasília. Cinco enfileirados esperavam para atravessar a movimentada rua comercial. O tráfego era tão intenso que tive uma ideia genial. Por que não instalar dispositivos automobilísticos nesses carrinhos? Seta para esquerda, direita, luz de ré, farol e, (imaginem!), um parabrisa na frente para proteger a criança/bebê de ventos desconfortáveis que podem gerar gripes, resfriados e (deusmelivre) pneumonia?
No lugar de trabalho, o fato se repete: parece que todos os jornalistas estão tendo filhos ou apresentando seus filhinhos para os co-workers. A febre instalou-se.

Baterias carregando

Não dá para não sentir o peso da ansiedade circulando entre eu e a Cau. Hoje, acordei e vi que as baterias da máquina fotográfica e da filmadora não estavam carregadas. De que adianta estar tudo pronto, se na hora H, a gente não conseguir registrar os momentos e capturar depoimentos para a posteridade --quase como um reality show privativo, se é que é possível falar em algo tão paradoxal assim.
E nesse peso que se abate sobre nossas costas, é impossível não ver na Cau e em mim toda sensação de espera e aguardo, aflição e impaciência, agitação e desconforto.




Será que exagerei ou não?

11.5.10

Grávidas multiplicam-se

Quanto mais ando pelas ruas, mais grávidas vejo. Parece que estou com os olhos doutrinados para filtrar a população e ver apenas as fêmeas prenhas andando de forma desenfreada no trânsito e nos corredores de Brasília. Foi assim nas duas últimas vezes que eu comprei um carro. Só conseguia ver as marcas, cores e estilo iguais.

Esse foi um post patrocinado por uma seção negligenciada pelo blog, a do pai toscão.



- Posted using BlogPress from my iPhone

Einstein X Nostradamus

Eu já tratei do assunto aqui, mas insisto: essa história das semanas na gravidez é como conta aberta em boteco: cada hora é um valor e sempre maior do que se espera. Semana passada, eu contabilizava as trinta e oito semanas de gravidez, mas fomos ao médico ontem, como relatado abaixo, e, segundo a médica, a gestação estava em 37 semanas e três dias. Quatro dias, portanto, hoje.
Ontem no consultório da ginecologista, confesso, achei que o relógio tinha andado para trás quando ela revelou sua contagem. Pensei, repensei, olhei o calendário, abri a calculadora, roubei a planilha dela para ver se estava certa. Abri até um calendário maia para ver se as luas estavam sendo cifradas corretamente. E fiz isso correndo o risco porque não é deveras adequado fiar-se nas estrelas maias que previram o apocalipse. Não cheguei a qualquer conclusão.
Fato é que dia mais dia menos faz uma baita diferença. Existem duas contagens oficiais ou corretas tecnicamente que atingem datas diferentas. Pergunta-se: como é isso é matematicamente possível? Como algo é correto se o resultado é divergente? A resposta para essa retórica filosófica está numa antiga briga que opõe luas x ciência; religião x cientologia; Nostradamus X Freud; Einstein X Sartre. É inexplicável.
Nessa briga, eu apanho tentando chegar a um caminho lógico de programação, esperando as agendas biológica da Cau, hebdomadária da médica e métrica do ultrassom chegar a um consenso, que, temo, nunca virá. Acho que a única que pode me dar uma resposta plausível nesse momento de angústia é a Beatriz.

10.5.10

Consulta

Hoje foi dia de consulta. O coração da Beatriz bateu forte e saudável. A Cau continua sendo a mãe mais saudável e em forma de todos os tempos. E o pai babão continua sendo babão. O fato novo é que a mamãe admitiu que está sentindo contrações, mas as tais inofensivas de Braxton-Hicks. Sempre soube que a imitação da vida pela arte é sempre exacerbada e hiper colorida. Abaixo a foto de um adorno do consultório da Dra. Lucy.







- Posted using BlogPress from my iPhone

9.5.10

Dia das mães

Esse foi o primeiro Dia das Mães da Cau, afinal, como ela mesmo brincou a Biazinha na barriga dá um trabalhão. Nessas duas últimas semanas a Cau anda bem cansada. Hoje demos uma voltinha no shopping e ela disse que o barrigão pesou. Abaixo, uma foto a mamãe Cau com a Beatriz escondida... Atrás, o guarda-roupa da minha filhinha com os cabides pequenininhos.




E abaixo um recadinho de Dia das Mães:

4.5.10

A mala da Beatriz

Com um pouco de atraso, segundo os diversos manuais, dicionários e orientadores que temos lido e consultado nos últimos oito meses, fizemos a malinha da Beatriz para levar ao hospital quando ela nascer. Apesar de ser uma tarefa um tanto mecânica, escolher as três mudas de roupas, não foi nada fácil. Afinal, é quase uma escolha de Sofia definir qual será o primeiro macacãozinho que a Beatriz vai usar: qual será o segundo, com qual ela vai sair do hospital e dormir em casa. Qual vestidinho ela deve vestir quando receber a primeira visita? Com qual matinha ela será enrolada pela primeira vez? Não são respostas fáceis levando-se em conta que cada roupinha dela é mais bonitinha que a outra (apesar de ter algumas coisinhas bem bregas no guarda-roupa dela).
Por natureza eu e a Cau somos indecisos, mas dessa vez a coisa exacerbou. Fizemos e desfizemos umas oito vezes a malinha. Escolhíamos o macacãozinho mais bonito e logo aparecia outro com uma estampa mais legal. Surgia uma calça mais transada e logo aparecia uma mais fashion. Um casaquinho roxo era logo substituído por um amarelo e vice versa. Como já disse, ela tem mais sapatinhos do que eu, então, a tarefa de escolher o que vestir no pezinho dela foi a coisa mais difícil do mundo. Não só, tivemos que colocar luvinha, touquinha --será que estamos na Antártida e não no calor seco e claustrofóbico de Brasília?
Assim explicou a Cau: "Eu quero que ela fique linda quando usar a primeira roupinha". Concordamos com tudo. Agora, só falta a mala da mamãe, na verdade, não falta muita coisa. Pelo o que a Cau disse, só um pijama bacana.

2.5.10

Pré-Natal

Hoje, domigão, acordamos cedinho para uma aula bacana sobre o que fazer quando chegar a hora da Beatriz nascer. A professora foi a fisioterapeuta/doula da Cau. A aula foi bem bacana. O que vale é concentração, respiração e tranquilidade.






- Posted using BlogPress from my iPhone

1.5.10

Perengues no Piauí

Como prometi, volto ao tema de minha viagem ao Piauí. Fiquei quatro dias longe da Cau e da Biazinha. Obviamente fiquei com uma saudade danada das duas. Na volta, não consegui me controlar. Dirigindo 659 km entre Guaribas e Teresina, a capital, o que mais roubou meus pensamentos era o dia D que se aproxima --como mencionei na semana que entra faltará cerca de 21 dias para a data provável.
A combinação de uma viagem longa cansativa com uma mente prolixa e digressiva pode ser explosiva. Entre Simplício Mendes e Regeneração, já chegando, um caminhão ficou segurando o desenvolvimento da minha velocidade. Por diversas vezes investi para ultrapassá-lo. Numa delas, em um trecho de descida, ele acelerou mais e deu risada quando não consegui vencê-lo --bastardo, blasfemei. Como diz o ditado, "se não puder vencê-los junte-se a eles". Foi mais ou menos o que fiz, desencanei de deixá-lo para trás, afinal já estava chegando na próxima parada não iria fazer nenhuma diferença.
Mas esse blog não é um diário rodoviário de minha peripécia pelo Piauí, é um retrato de minhas vontades/emoções/sentimentos/aspirações/exasperações sobre a gravidez da Cau e o desenvolvimento da Beatriz. Pois bem, tranquilo, chegando ao destino, pensando no ursinho de pelúcia que comprei para minha filhinha em Guaribas --se ela iria brincar com ele, se iria gostar ou não, se afeiçoar ou não--, eis que o dito-cujo caminhoneiro fez uma freada brusca para ultrapassar uma lombada. A reação foi imediata, ou melhor, quase imediata, afinal estava longe, longe no pensamento. Brequei com controle total da situação, mas, aproximei-me da traseira do basculante um pouco além da conta, nada que uma régua de 30 cm não passasse folgadamente. O fotógrafo (que me acompanhou na viagem) no assento do passageiro ficou branco e sem fôlego pela emoção extra.
Passado o susto --ele, não eu, afinal o pé no freio era o meu--, a viagem continou tranquilamente e os devaneios vieram a todo vapor. Mais próximo de Teresina mais sonhos e aliterações surgiram em minha mente, quase como um passatempo pela monótona quilometragem das estradas piauienses. Num cruzamento, olhei para um lado e não vi ninguém passando, olhei para outro (juro que olhei para o outro) e entrei. Ops... não tinha visto a saveiro vermelha vindo. Novamente, mais um susto --ele, não eu, afinal, a mão no volante era a minha. O carro passou longe, longe, não precisou nem brecar. Em nenhum momento arrisquei um choque desnecessário. A viagem tornou-se mais confortável com esses momentos de serenidade proporcionados pela visão não muito longínqua da nova vida que se aproxima.
Digressões são boas, mas pé-no-chão também. Acho que essa é uma fórmula que se deve levar para a paternidade/maternidade que se avizinha.