24.12.09

Estou grávido!

Sim, essa é uma constatação. E, não, não sou um completo alienado que percebeu só depois de 18 semanas, da barriga da minha mulher crescer, de ganharmos berço, cadeira, carrinho, cadeirinha, cadeirão, umidificador, trocador, esterilizador de mamadeira. Estou grávido, tão grávido quanto a Cau. Desde que descobrimos a Beatriz na nossa vida, passei a ter espinhas na cara (NUNCA TIVE NENHUMA ESPINHA, NEM NOS ÁUREOS MOMENTOS DA ADOLESCÊNCIA), passei a fazer xixi igual a um louco e ter sono, sono, sono, sono... não que eu já não tivesse sono e adorasse dormir 5, 10, 15 minutos antes de bater a responsabilidade, mas ficou demais. A natureza está abusando, a psicologia chegou num nível mimético fora do normal. Sempre soube que tinha uma relação emulativa de situações e sentimentos das pessoas, mas isso se opõe ao bom senso, da racionalidade. Sou um caso de estudo para qualquer cientista, psiquiatra, quase uma aberração. Estou com medo de me trancarem para me expor ao público igual fizeram com o King Kong lá em meados dos anos 30. Colocar em exibição minha imagem ao lado da mulher barbada com a seguinte inscrição: "Venham ver o homem grávido". Fazer um documentário especial no Discovery Channel para explorar os motivos que levaram minhas sensações a imitar as da minha mulher. Enfim, estou grávido. E, pelo jeito, surtando igual a uma grávida.

18.12.09

Criatividade

Quando a Beatriz perguntar de onde surgem os bebês, vou responder da seguinte forma: de um soprão bem forte que o papai deu na barriga da mamãe. A ideia não é nada criativa, veio do vídeo abaixo.

How to Make a Baby from Cassidy Curtis on Vimeo.

17.12.09

Recado da mamãe

Esse é o primeiro recado da mamãe para a Beatriz!

Novas fotos

Essa foto foi tirada em 17/12, um dia depois do meu aniversário, o último sem a minha filhinha. São 29 anos de história, mas o que vale mesmo é a mãe. Olha o tamanho da barriguinha dela, só para provar o meu post anterior.

16.12.09

A idiossincrática gravidez

A gravidez guarda emoções diárias. Sensações desconhecidas começam a aparecer, preocupações exacerbadas. Uma dorzinha mais desconfortável é um enorme problema. O crescimento da barriga um pouco mais acelerado ou mais lento também. Mas o que fica de fato é a experiência. A Cau sentiu-se pela primeira vez grávida há dois dias. Ela se olhou no espelho e viu, o que eu vejo há 16 semanas, que ela tem uma barriga de grávida. Isso é parte do conhecimento do corpo dela, que passa por um montão de mudanças com bombas de hormônios, expansão diária, crescimento do útero, acomodamento de órgãos internos e outras coisas. E eu estou muito muito feliz que posso assistir isso de camarote. Quão sortudo eu sou?

14.12.09

Roupas

Essa coisa de roupinhas é muito engraçado. Hoje a gente encontra de tudo. Tem macacãozinho de banda, roupinhas de rock, sapatinho de skate, tudo para imitar gente grande. A Beatriz ganhou um vestidinho do primo da Cau. Eu olhei a roupinha e achei que era coisa para um ou dois anos. Nada disso, o vestidinho, que parece de uma mocinha, é para o período de três a seis meses. E a Cau encontrou um site que aceita encomendas. http://www.coisinhadopai.com.br/ Ela gostou de vários. ET, Madonna. Uma roupinha é melhor que a outra.
No Rio, nós compramos algumas vestimentas estilizadas com dizeres como "Antes de Falar Já Aprendi o que é Rock", "Mommy and Daddy Rocks", "Siga-me no Twitter", "Me Adicione no Orkut". É tudo muito bacana, e parece que a Cau tá cada vez mais empolgada, já disse que vai comprar altas roupas de perua para a Beatriz. Imaginem como vai ser mamãe e filhinha juntas no shopping...

11.12.09

Poupança

Não tem coisa que mais emociona no mundo do que falar o nome inteiro da minha filhinha vindoura. Beatriz Cabral Pariz Lorenzoni. Sempre que falo ou escrevo dou um sorrisão da beleza. É muita emoção. Na verdade, essa é a primeira vez que escrevo o nomezão inteiro dela para admirar. Confesso que os olhos ficaram um pouco carregados...

A palavra que mais escrevo no blog é ansiedade. E é muito mesmo. Hoje passei no banco para saber como faço para abrir uma poupança para ela. É preciso antes nascer, ter uma certidão, mas há um subterfúgio, abro uma conta conjugada e já posso fazer os depósitos. Quando ela vier ao mundo, é só transferir. Pronto. A Beatriz terá sua poupancinha para fazer o que quiser quando achar que deve usar a grana.

A Cau foi novamente à médica ontem. Tudo 100%. Ela engordou 200 g do último mês. O coraçãozinho da nossa filhinha continua num ritmo de 141 bpm.

Vou fazer um adendo e colocar uma informação interessante, quase um serviço ao público. Sugiro para o pessoal ouvir a música The Ocean, do Sunny Day Real Estate. Essa tem sido a trilha sonora para eu atravessar os momentos pensativos sobre a vida futura. Olha o refrão:

Everyday's another scene
The world around and everything for you
An open door a cauldron of
Waves rush in through every house for all
So they say another lie:
'love's a rumor
But love will die'
We're lost and wandering

Não cai como uma luva?

9.12.09

A certeza do pai

Toda ansiedade do mundo é pouca. Hoje fomos fazer um novo ultrassom para tentar descobrir o sexo da pessoinha. Cheguei ao consultório da médica, que é mãe de uma amiga da Cau, com uma certeza, a mesma certeza que tive quando saímos do consultório na semana passada. Era uma menina e ficou envergonhada de abrir as pernas para um homem que ela não conhece. BATATA. Foi só colocarmos uma MÉDICA para ela mostrar-se ao papai e mamãe. Ficamos contentíssimos. A pessoinha que a Cau está gerando há 16 semanas e dois dias é uma menininha, uma princesinha, que desde antes já tinha nome. Vai se chamar Beatriz, um nome originado no Latim que significa "aquela que traz felicidade". De fato, toda a felicidade do mundo é pouca.

6.12.09

E o time?

Uma das coisas que eu mais me preocupo é o tamanho da influência que devo ter na pessoinha. Afinal, como diz o ditado, um igual a você já é o bastante. Não quero um arremedo de mim. Ele(a) é uma junção entre o que eu sou e o que a Cau é. E para ter personalidade própria vou limitar a minha atuação para não forçá-la a se moldar e emular o que penso. Algo que sempre me debato, o que pode parecer uma bobagem sem tamanho, é sobre o time do coração. Qual é a resposta? A pessoinha tem que gostar de futebol, tem que torcer para o meu time para me copiar ou tem que criar a própria identidade seja lá qual for esse resultado: torcer para o Flamengo, para o Santos, para o Corinthians ou para o Cruzeiro, ou quem sabe para o Palmeiras? Eu não estou decidido sobre isso, apesar de hoje estar absurdamente decepcionado com a derrota e a exclusão da Libertadores 2010. Gostaria de poder dividir momentos futebolísticos com a pessoinha. Conheço pais de todos os tipos. Pai palmeirense com filhos corintianos, pai santista com filho santista, palmeirense com são paulinos, santista com vascaíno. Estava conversando com um colega de trabalho torcedor do Internacional (RS) e senti um certo remorso pelo fato de seus dois filhos serem flamenguista e botafoguense. A opção dele foi se esforçar para tornar seu primeiro neto torcedor colorado. Deixando de lado toda essa divagação, fato é que minha mãe já deu um macacãozinho e meiazinhas do Palmeiras, é a coisa mais bacana do mundo. Então, querendo ou não, já temos uma decisão.

5.12.09

Plantão para divagar

Essa coisa de ser pai deve ser no mínimo emocionante. Plantão tranquilo, sem nada para fazer, fiquei conversando com um colega que acabou de ter uma filhinha Juliana, nasceu há 15 dias. Ele ia me contando sobre como não conseguia pegar o bebê no colo com medo da fragilidade, dizendo que mal dorme para ficar de olho pregado no sono, explicando a rotina da criança de chorar, cagar e mamar da criança. E, sobretudo, pormenorizando como a cada segundo ele fica com a cabeça na sua recém nascida. Ouvi cada palavra, atento, não em busca de qualquer dicas, até porque o cara acabou de ser pai e ainda está apanhando para saber qual a razão de tudo. Estava atento porque eu quero daqui seis meses apresentar para todo mundo os meus percalços mundanos, quão choroso (a) é a filhinha (o), quão tranquilo ou não é o sono dele (a). E cada dia eu tento me policiar para tentar encontrar as melhores respostas para uma criação que vou me dedicar em breve. Presentes, escolhas, ralhação, carinho, companhia, cuidado, afinidade. Nada escapa da cabeça. E o medo é me tornar uma pessoa medrosa que deseja criar sua cria numa redoma de vidros e se perder do mundo de alhures. Esse é o principal muro a ser derrubado.

2.12.09

Seis fatias de mozzarella

As explicações são diversas, mas fato é que a pessoinha é tímida e não quis descruzar as perninhas. E eu tenho uma teoria caso seja menina. "Ela se portou direitinho, afinal, não abriu as pernas para qualquer um, sobretudo porque era um médico por trás do ultrassom". Enfim, abaixo segue uma foto da cabecinha e da barriguinha da pessoinha que mede 12cm e 116g, ou seis fatias de mozzarella. O fêmur tem 16 mm, o úmero 16 mm. A circunferência abdominal mede 9,2 cm e a encefálica, 11,0 cm. É o orgulho da minha vida.

PS: Não sei se coloco esse post na seção de papai babão ou toscão. Estou brincando na tênue linha entre o que bobagem e o que é meiguice.

Não foi hoje

A pessoinha hoje estava tímida, não quis de jeito nenhum abrir as perninhas para mostrar se é uma menininha ou um menininho. Vai ficar para o próximo ultrassom. O importante é estar altamente saudável com um coração acelerado a 141 bpm pulsando sangue por 12 cm de corpinho já todo formado, um pezinho de 1,6 cm e um fêmur de 1,8 cm. Mamãe e papai ficaram um pouco decepcionados por não saber o que nos espera. Estou pensando em gastar R$ 370 para fazer um exame de sangue que descobre qual o sexo. Vamos ver.

1.12.09

A agenda da gravidez

Hoje faltam 170 dias para a data provável do parto. Segundo a agenda da gravidez, estamos no 96 dia de gestação, na véspera do exame para saber se é menino ou menina. A pessoinha está com a cabeça reta agora e não mais curvada sobre o peito. E pasmem. Ela já tem unhas!!!! UNHAS!!!! Esse negócio das mãos que não para de crescer, aparadas ontem da minha mão, meu filho(a) também já tem. Pode parecer bobagem, mas isso significa muito. Para mim, já temos um elo, quase um canal de diálogo, algo que dividimos morfologicamente. Essa experiência de procriação é fantástica.