1.2.10

BBB

Assistimos na semana passada ao documentário Business of Being Born (BBB) produção da apresentadora de televisão nos Estados Unidos Ricki Lake e de um fotógrafo brasileiro Paulo Netto. A discussão é toda centrada no papel que o parto natural tem para a mãe e para o desenvolvimento do bebê.
Além de um manifesto contra a cesariana, o documentário exalta o crescimento do número de parteiras (midwifes) nos EUA, uma prática que já foi bastante comum na Europa até o começo do século XX. "Hospital serve só para cirurgias". Parto é para ser feito em casa. É o que repetem os diversos especialistas ouvidos no filme desde chefe da Ginecologia do Mount Sinai Medical Center até ex-dirigentes da Organização Mundial da Saúde.
As parteiras realizam o nascimento das crianças em banheiras, piscinas, no colchão de casa, no meio da sala, no banheiro ou na cozinha. Não importa, o que vale é ter o rebento no conforto do lar. Parece que a Gisele Bundchen usou uma parteira. Teve seu filho numa banheira. Afinal, está na moda, não?
O documentário seria melhor se tivesse uma visão imparcial do tema. Como era praxe dos programas da Ricki Lake (Watching TV all day I don't wanna see what Ricki Lake gotta say, já dizia Rancid), ela exalta um só lado da discussão. Coloca o home birth acima de qualquer coisa (inclusive do parto vaginal no hospital).
É inquestionável o benefício do parto natural tanto para a mãe (no pós-parto) quanto para a criança (que evita o trauma). Mas do mesmo jeito que se encontram mulheres com experiências horríveis que fizeram cesariana, é possível achar quem teve problemas no parto normal. Não é preciso ir muito longe.
O único contraponto no documentário é o fato de a diretora Abby Epstein ter tido que recorrer à cesárea porque seu filho estava enrolado no cordão umbilical e estava abaixo do peso. Foi impossível tê-lo em casa. Mas precisava ir mais longe fazer uma discussão real e não só exaltar o trabalho das parteiras. Eu e a Cau estamos sintonizados na decisão do parto natural. Ela está se preparando para isso. Tudo vai ser feito num hospital recomendável e aprovado por nós dois. Parto hippie vai passar bem longe da minha casa.

2 comentários:

  1. Isso aí, totalmente apoiado. Nada de boitatices com a minha sobrinha-neta

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  2. negando as raízes e virando playboy...

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