Lá se vão 10 dias do último post. A barriga da mamãe cresce exponencialmente. Mas esses últimos dias foram bastante atribulados. No Natal, a pessoa(inha) que mais ganhou presente foi a Beatriz. Papai, mamãe, tia, vovôs, vovós e bisavós, encheram-na de regalos e mimos. Banheirinha, roupinha, brinquinho, livrinho, brinquedinho, tudo inho. Nem nasceu ainda e já extremamente mimada, imagina quando ela vier ao mundo. Até eu ganhei presentes da minha filhinha: dois livros, a biografia do Buñuel e Gomorra.
Ela recebeu a visita também de todo mundo. É impressionante como um fato importantíssimo como esse é celebrado com alegria e júbilo pela família. E quão importante é a família nesse momento. Só o fato de estarmos juntos dá uma segurança tremenda.
Depois do Natal familiar, seguimos para as comemorações de ano novo em Morro de São Paulo (BA). Logo na chegada no porto de Salvador, a Cau demonstrava bastante apreensão em ficar 2 horas num catamarã até a ilha. Afinal, são multiplus os relatos de pessoas enjoadas por essa viagem estressante. Entramos no barco, ela se sentou, tentou se acomodar, ficar confortável, tentou dormir, mas não conseguiu tirar da cabeça o enjoo. Não passou mal, mas ficou incomodada. Não bastasse a fadiga, ao completar as 2 horas de viagem estávamos longe da ilha, o percurso ainda duraria mais 40 minutos.
Passamos uma semana sensacional, tenho certeza absoluta que a Beatriz adorou ficar na barriga da mãe quentinha pelo sol da Bahia. Aposto até que ela pegou um bronze. Vai ser a primeira recém nascida, linda e bronzeada!
Como tudo que vai, volta. O regresso a Salvador ainda prometia desgaste. Afinal, 2h40 dentro de um catamarã nos esperava num mar que há dois dias sofria o castigo de chuvas noturnas. Acordamos 6h15 da manhã e as 7h10 estávamos a zarpar. O mar, muito revolto, não demorou para fazer a primeira vítima. Sentada na nossa frente, uma senhora logo pediu o saquinho para se aliviar. A Cau, mais enjoada que nunca, sentia diversas sensações, e dá-lhe remédio para controlar o mal-estar. Os passageiros se amontoavam para vomitar, um atrás do outro, pediam saquinhos e papel higiênico. Os dois marinheiros acabaram tendo o árduo trabalho de "segura-vômito". Depois de uma hora de viagem, a Cau continuava muito enjoada, mas se segurava bem. Não dava sinal de devolver o café-da-manhã.
A sensação durou pouco. O Jeferson que estava tomando ar na cara desde o começo da viagem não aguentou e se aliviou no meio do mar, a Cau veio logo em seguida. A nossa preocupação, então, aumentou. Afinal, para onde correr se ela começasse a se sentir verdadeiramente mal? Apelar para Iemanjá? Felizmente, o enjoo passou e a mamãe dormiu. Acordou faltando 30 minutos de viagem. Com a falta de sono, voltou a sensação de mareada, a indisposição e... A minha ansiedade que já estava nas alturas explodiu. Mais 30 minutos de estresse.
Chegamos em Salvador, descansamos no Mercado Modelo, tomamos água e refrigerante para nos recuperar.
Em casa, em Brasília, deitados na cama, eu expliquei tudo direitinho para a Beatriz porque ela tinha tido um dia estressante e ficamos bem. Qual a próxima viagem?
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