Hoje é um dia especialmente emocionante. A Beatriz está com quase cinco anos. É uma menina muito independente. Troca de roupa sozinha, coloca o cinto do carro sozinha, come com garfo e faca sozinha, toma banho sem ajuda, penteia o cabelo e escova os dentes sozinha. Precisa muito pouco da nossa ajuda para a tarefa cotidiana. Um dos momentos mais divertidos é quando contamos historinhas com os bonecos dela antes de dormir. É um momento mágico.
Recentemente, algo surgiu na nossa vida (minha e da Cau) que deixa o dia cada vez mais cheio de alegria e que contribui para o cotidiano ter momentos fantásticos. São emoções que surgem e ganham vida no meio da rotina e me colocam em devaneio. Afinal, estou imaginando como vai ser, mais uma vez, pai.
E hoje foi especialmente sensacional. A Cau está grávida de 12 semanas. Fizemos o terceiro ultrassom. E foi o primeiro com a participação da Bia, que estava excepcionalmente animada. Na sala do ultrassom, não parou um minuto. Subia no sofá, pulava na cadeira, ficava do meu lado, tentava puxar a mãe. Saltava dos móveis, falava com o médico. Abria a bolsa, tirava a maquiagem. Passava batom e mexia no celular. E entre uma traquinagem e outra perguntava o que estava na tela do computador. Mostrava-se espantada com o bracinho dobrado no queixo, o nariz, a perninha dobrada, o coração pulsando a 153 bpm. E eu estava transbordando pela sensação única de ver minha filhinha sentindo essa emoção, ainda que um pouco virtual, de ter uma irmãzinha.
Estou feliz de estar de volta aqui, Pairipécias.